PARA VOCÊ NÃO SE PERDER NO BAIRRO, é um romance do Francês, Patrick Modiano, publicado em 2014; mesmo ano em que o autor recebeu o Prêmio Nobel de Literatura.
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O livro foi produzido no Brasil pela #EditoraRocco. Um livro compacto e com uma diagramação bem legal. 👌👍
Apesar de curto, (144paginas), eu confesso que precisei reler alguma coisa para sentir que eu realmente havia compreendido o texto.
A #leitura não é difícil ou massante; é fluida e a narração bem sedutora. Mas, traz um quê de abstrato e íntimo, que às vezes, me colocava dúvidas sobre o que o narrador estava dizendo ou sobre o que realmente havia lido, anteriormente.
Narrado em terceira pessoa e, aparentemente, passeando pelo #surrealismo, esse livro requer muita atenção. Em alguns momentos, tive dificuldade de compreender a qual período o narrador se referia, já que o livro faz referência a três momentos da vida do protagonista.
A história trata da jornada íntima de um homem em busca da sua real identidade. Li Vários #livros esse ano, com temática parecida; homens em busca de seu "eu" mais íntimo.
A #editora diz, em seu site, que “significa designar uma personagem ou uma situação em claro-escuro, nem lógica nem absurda, no meio do caminho entre dois mundos, entre a luz e a sombra. ”
O livro começou logo com um mistério que parecia ser o tema central.No entanto, esse início foi apenas um #start para uma busca intima e delicada.
O #protagonista é Jean Daragane, um #escritor sexagenário, que vive uma rotina solitária e, aparentemente, sem a mínima vontade de que seus dias sejam de alguma forma alterados, por qualquer contato com outras pessoas.
Apesar disso, Daragane tem sua rotina interrompida, de maneira indigesta, quando um homem telefona avisando que encontrou sua agenda telefônica, perdida há algum tempo.
Para livrar-se, logo, do homem, insistente em devolvê-la, o escritor aceita um encontro em um café. Lá, um casal, aparentemente estranho, diz estar investigando um crime pós guerra que envolveria um certo nome, Guy Torstel.
Guy Torstel seria um nome que constava na velha caderneta perdida e também num livro publicado por Jean Daragane, quando ele tinha por volta de seus 20 anos.
Inicialmente, o velho escritor, não tem a menor ideia de quem seja essa pessoa e por que aquele nome consta em sua obra ou agenda. Mas, essas menções dão incio a uma grande jornada, por recordações de seus tempos de menino.
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Modiano deixa claro que a memória muitas vezes pode ser real, criada e até mesmo apagada. Porém, ao longo da vida, temos dificuldade de compreender em que ponto, nossas memórias realmente aconteceram ou são pura imaginação. Para elucidar tal ponto, ele escolhe a epígrafe: “não posso apresentar a realidade dos fatos, mas apenas sua sombra”, de Stendhal.
Outro fator interessante da vulnerabilidade da vida humana é que as coisas podem mudar a qualquer momento. Às quatro horas da tarde de um dia quente, qualquer, em #Paris, ou em qualquer lugar; tudo pode mudar.
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O texto sedutor, e com frases curtas, evitam que o livro fique enfadonho ou cansativo. A atmosfera de tensão e meio que sombria é fantástica. Paralelamente a isso, de plus, há a menção à geografia dos subúrbios e das pequenas cidades francesas.💘🗼
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Modiano faz com que tudo se integre lindamente, uma espécie de mistura perfeita, de maneira que é impossível largar o livro. 👏👏👏😍📚
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